segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Inteligência cultural VS carinho

Creio que existe um choque entre a inteligência (leia-se inteligência cultural,  porque não estou a subestimar a inteligência de cada um, toda a gente tem a sua, uns com mais aptidões para uns temas, outros para outros) e a demonstração de carinho, a preocupação, o acompanhamento.

A minha opinião é que os Homens que têm responsabilidades acrescidas, que no seu dia a dia são obrigados a ter uma cultura apurada, dominar os mais distintos âmbitos de actuação; isto é, tudo aquilo que exija uma grande força mental obriga a que os sentimentos sejam colocados de parte.
Sendo que o inverso também acontece, um Homem que viva a sua vida pacata, que tenha o seu trabalho (entenda-se trabalhos rotineiros, 7- 8 horas/dia), e que não tenha de estar sempre a cultivar-se, acaba por ganhar e muito na parte da família, acaba por conseguir acompanhar os filhos, acaba por dar mais de si e ser um pai presente..

Contudo estas duas formas de ver a coisa, suscitam uma questão, o que será melhor para um filho?
  • Ter um pai com bastante responsabilidade, muito ocupado no seu mundo laboral, que é capaz de proporcionar a melhor educação ao seu filho (colégios, desportos, rigor), mas que é totalmente ausente suscitando carências a nível afectivo.
ou
  • Ter um pai com menos responsabilidades, mas que está lá, acompanhando sempre o crescimento do filho, que apesar de não estudar nos melhores colégios, tem o carinho familiar, tem valores transmitidos pela geração. Não vive de infantários onde é despejado pela manhã, nem de colégios onde fica a semana inteira sem ver os pais.

1 comentário:

shpedro disse...

Depende de para quem isso é bom.
Para a sociedade Capitalista, o primeiro tipo de pai, que fabrica filhos prontos para serem devorados e explorados.

Para um ser humano, sem duvida nenhuma o segundo plano.