segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Das perguntas da vida

Mark Twain dizia que os 2 dias mais importantes da nossa vida são o dia em que nascemos, e o dia em que descobrimos para que é que nascemos... Descobrir o sentido da nossa vida é trabalhoso, meritório e deveras importante; contudo se nos perguntamos em demasia qual é o sentido…então nunca encontraremos uma boa resposta, uma resposta acertada... a resposta!

Quando estamos demasiado tempo a tentar perceber qual o sentido de tudo, estamos precisamente a fugir das respostas que tanto procuramos. Estamos a consumir-nos em questões existenciais intermináveis e mais importante que tudo, estamos a desvirtuar-nos da convivência, do amor, de fazer feliz, de ser melhor... and so on..
É, no darmos o nosso melhor que vêm as respostas! E dar, sem expectativas.

Não nos descobrimos a teorizar sobre o sentido da vida ou à espera que a inspiração nos toque. Não nos descobrimos isolados do mundo ou sem correr riscos. Descobrimos para que servimos quando estamos embrenhados a viver a vida.
Na realidade, descobrimos para que servimos quando trabalhamos consistentemente no mundo real. Com problemas que nos fazem tremer as pernas, com medos que nos assustam, com erros que nos fazem corar. Revelamo-nos na tensão entre o ponto onde estamos e aquele para onde estamos a ir. Não apenas quando chegamos lá (se é que algum dia chegaremos). Talvez seja essa tensão entre o que somos e o que seremos, sobre o que nos realiza, o que nos supera e nos revela.
Um filósofo francês diz que se não sujarmos as mãos, acabamos por perdê-las. 

Queremos tanto poupar as nossas mãos para a altura ideal, para o trabalho perfeito, para o namorado certo, para família certa, para quando tivermos todas as respostas, que acabamos por não as usar. Esquecemos que as respostas para o coração chegam pelas mãos... e é de lamentar!

Vive-se saltando para o campo.


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